37ª Lição — documentum trigesimum septimum
Vamos escrever uma carta
Era usual, entre os romanos, uma determinada fórmula para começar uma carta: perguntar pela saúde daquele a quem a carta se dirigia e, por outro lado, informar sobre o estado de saúde de quem escrevia.
[ recordemos, em português, aquelas tradicionais cartas: “Espero que ao receberes esta minha carta estejas bem de saúde. Eu estou bem, graças a Deus”]
Em Cícero, encontramos estes exemplos:
— Si vales, bene est. Tradução: Se estás bem de saúde, é bem. [ = muito estimo a tua saúde ]
Por vezes, escreviam-se apenas as iniciais de cada palavra, como aqui:
— S. v. b. e. e. v. [ si vales, bene est, ego valeo ] : Se estás bem de saúde, é bem, eu estou bem.
— Terminava-se a carta com os mesmos votos de boa saúde.
— Vale. Tradução literal: fica bem, ou adeus
— Cura, ut valeas. Tradução literal: preocupa-te por passares bem / esforça-te por teres saúde / trata de ti.
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O Verbo
— ualeo, uales, ualere : ser forte; ter saúde, estar bem de saúde, passar bem
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Nos cumprimentos
- ut uales? : como estás? / como passas?
- bene / optime / recte ualeo : estou bem / estou óptimo / estou perfeitamente
O imperativo deste mesmo verbo funciona também como fórmula de despedida, como saudação:
— uale / ualete (singular / plural) : passa bem / passem bem ; adeus